Mourão: está servido o aperitivo para a Temporada 2022

NATURALES
Publicado por -


A vila alentejana de Mourão voltou a cumprir tradição e inaugurou hoje a época taurina em Portugal.

O primeiro de dois festejos inseridos nas comemorações em Honra da Sra das Candeias decorreu nesta terça-feira, 1 de Fevereiro, com a Praça de Toiros Libânio Esquível (a comemorar em Abril próximo o seu centenário), bem composta de público que cumpriu de forma responsável as regras impostas face à pandemia. É aliás de enaltecer o cuidado na organização do festejo para cumprimento das medidas no acesso ao tauródromo. Já pouco cuidado estava o piso, pelo menos até meio do espectáculo pois a ‘secura’ da arena levantou pó até mais não durante as actuações equestres.

Festejo misto, como também há anos é habitual nesta praça, e um cartel de gente jovem, cheia de garra, a fazer pandã com a fome de toiros de quem, locais e forasteiros, acorreu à praça. É esse aliás um dos ingredientes que faz de Mourão um sucesso: a saudade de ir aos toiros.

Artisticamente, o festejo padeceu das ‘dores’ de ser o primeiro…e dos ‘motores’ ainda estarem a aquecer, pese embora alguma velocidade a mais por parte de alguns…


No que toca aos cavaleiros praticantes em praça, cada um dentro do seu conceito, cumpriu a papeleta sem defraudar ainda que aos três pedimos evolução com o decorrer da temporada. Joaquim Brito Paes estreou a época mas isso não lhe retirou segurança e convenceu; António Ribeiro Telles é protótipo de um bom conceito de toureio e guardo especialmente o seu primeiro curto; e Tristão Ribeiro Telles demonstrou desenvoltura e créditos junto das bancadas com um toureio de batidas ao pitón contrário.

Nas pegas, os Amadores de São Manços tiveram por protagonistas Alexandre Rocha que concretizou sem problemas à primeira; Luís Caeiro efectivou à terceira; e João Santos também ao terceiro intento.

A pé, o novilheiro português Diogo Peseiro andou toda a faena cheio de disposição, chegando ao público no tércio de bandarilhas que cumpriu com louvor. Na muleta viu-se com agrado pela direita e fez uso dos desplantes para convencer ainda mais o conclave.

O extremenho Manuel Perera, tratou o toureio com delicadeza, com temple, e aproveitou a nobreza do oponente para se evidenciar num toureio ligado por ambas as mãos.

O seu ‘paisano’, Erik Olivera, teve actuação em crescendo, e pese embora algum desarme inicial, brindou-nos com um toureio tão válido de argumentos que nos deixou água na boca por mais.

Lidaram-se novilhos da ganadaria Paulo Caetano (1º, 2º, 5º e 6º) de bom jogo, nobres, com mobilidade; e dois de Murteira Grave (3º sobrero e menos apresentação) e 4º também bom.

Dirigiu a corrida com acerto o senhor Agostinho Borges, assessorado pelo veterinário Dr. Matias Guilherme, numa tarde bem abrilhantada pela já imprescindível Banda Municipal Mouranense.























Texto e Fotografias: Patrícia Sardinha

Tags: