O primeiro de dois
festejos inseridos nas comemorações em Honra da Sra das Candeias
decorreu nesta terça-feira, 1 de Fevereiro, com a Praça de
Toiros Libânio Esquível (a
comemorar em Abril próximo o seu centenário), bem composta de
público que cumpriu de forma responsável as regras impostas face à pandemia. É
aliás de enaltecer o cuidado na organização do festejo para cumprimento das
medidas no acesso ao tauródromo. Já pouco cuidado estava o piso, pelo menos até
meio do espectáculo pois a ‘secura’ da arena levantou pó até mais não durante
as actuações equestres.
Festejo misto, como
também há anos é habitual nesta praça, e um cartel de gente jovem, cheia de
garra, a fazer pandã com a fome de
toiros de quem, locais e forasteiros, acorreu à praça. É esse aliás um dos
ingredientes que faz de Mourão um
sucesso: a saudade de ir aos toiros.
Artisticamente, o festejo padeceu das ‘dores’ de ser o primeiro…e dos ‘motores’ ainda estarem a aquecer, pese embora alguma velocidade a mais por parte de alguns…
Nas pegas, os Amadores de
São Manços tiveram por protagonistas Alexandre Rocha que concretizou sem
problemas à primeira; Luís Caeiro efectivou à terceira; e João Santos também ao
terceiro intento.
A pé, o novilheiro português Diogo
Peseiro andou toda a faena cheio de disposição, chegando ao público no
tércio de bandarilhas que cumpriu com louvor. Na muleta viu-se com agrado pela
direita e fez uso dos desplantes para convencer ainda mais o conclave.
O extremenho Manuel Perera,
tratou o toureio com delicadeza, com temple, e aproveitou a nobreza do oponente
para se evidenciar num toureio ligado por ambas as mãos.
O seu ‘paisano’, Erik
Olivera, teve actuação em crescendo, e pese embora algum desarme inicial, brindou-nos
com um toureio tão válido de argumentos que nos deixou água na boca por mais.
Lidaram-se novilhos da ganadaria Paulo Caetano (1º, 2º, 5º e 6º) de bom jogo, nobres, com mobilidade; e dois de Murteira Grave (3º sobrero e menos apresentação) e 4º também bom.
Dirigiu a corrida com acerto o senhor Agostinho Borges, assessorado pelo veterinário Dr. Matias Guilherme, numa tarde bem abrilhantada pela já imprescindível
Banda Municipal Mouranense.
Texto e Fotografias: Patrícia Sardinha