Mais uma tarde de um calor incomum, fora de época, a afastar o público das bem quentes bancadas da praça de Azambuja em tarde de significativa homenagem a Lourenço Luzio e à qual se associaram bastantes entidades.
Foi passado um significativo vídeo do seu percurso no átrio do sector 1, antes do descerramento de uma placa evocativa do momento.
A corrida, que teve alguns momentos interessantes teve o senão de se ter prolongado em demasia, quase 4 horas de duração mas, ainda assim, o público aguentou firme até final.
Ana Batista abriu praça e teve uma boa prestação frente a um toiro que d início andou algo solto mas que teve qualidade nas sua investidas e que a cavaleira de Salvaterra soube aproveitar quer em compridos quer em curtos. Uma boa prestação em final de temporada.
João Moura Caetano voltou a presentear os aficionados com uma lide de beleza, de arte, de bom toureio, em especial na série de curtos e quando montou o “Campo Pequeno”. Aqueles pormenores de brega, de toureio caro, os recortes e paragens na cara do toiro e uma série de curtos de elevado nível na mais artística actuação da tarde azambujense.
Em terceiro lugar actuou Andrés Romero, com um toiro que pouco se empregou e o obrigou a sacar do seus recurso lidadores. Actuação em bom plano na série de curtos, com algumas batidas ao pitón contrário e a chegar ao público na fase final da sua lide.
Em quarto lugar actuou o matador de toiros António João Ferreira, frente a um exigente toiro de São Torcato. Bem de capote e com a muleta, a sacar alguns bons passes, sempre e quando o submeteu por baixo e não o deixou tocar na muleta. Não teve tarefa fácil mas saiu por cima e em bom plano.
Parreirita Cigano também se cotou com uma interessante actuação, em especial na série de curtos, dois deles de boa nota assim como seu segundo comprido que foi de nível. Boa passagem por Azambuja.
Menos afortunado esteve o praticante Manuel Oliveira. Houve alguns toques ao longo da sua actuação onde o melhor foi o seu 4º curto.
Em último lugar actuou o também praticante Diogo Oliveira. Também se registaram alguns toques nas montadas e o sue melhor ferro foi o segundo curto. Terminou com um de violino.
Para pegarem os seis toiros das lides a cavalo e disputarem o Troféu da Câmara Municipal de Azambuja para a Melhor Pega, estiveram em praça os Grupos de Forcados Amadores de Azambuja, Clube Taurino Alenquerense e Cartaxo. Pelos Amadores de Azambuja foram caras Ruben Branco à 2ª e o estreante Hugo Mendes, bem e à 1ª (Melhor Pega); pelo Clube Taurino Alenquerense foram na linha da frente Diogo Francisco fácil á 1ª e André Maçarico bem à ª; e pelo Cartaxoforam caras Vasco Campino bem à 1ª e José Oliveira à 3ª e com ajudas carregadas.
Lidaram-se, a cavalo, toiros bem apresentados e de aceitáveis condições de lide de João Ramalho assim como um de Gregório de Oliveira. A pé, um exigente toiro de São Torcato.
Dirigiu o espectáculo Marco Cardoso assessorado pelo veterinário José Luís Cruz.
Texto e foto: António Lúcio