Um cartel de seis cavaleiros que sofreu algumas alterações. Andrés Romero substituía Marcos Bastinhas, por motivos de doença. Relativamente aos toiros dos três Passanhas anunciados, foi lidado um e os outros dois substituídos por exemplares da Casa Prudêncio. Dos três toiros dos Irmãos Moura Caetano anunciados, foi lidado somente um, sendo os restantes de Paulo Caetano.
Luís Rouxinol lidou um toiro de Paulo Caetano. Ao inicio da lide, o toiro mostrou não querer passar pelos capotes e a investir forte no cavalo. Rouxinol colocou dois bons compridos num toiro andarilho e de boas maneiras. Nos curtos o maestro de Pegões sacou o Douro, para uma lide de muito boa nota. Muito bem na brega sem perder a investida do toiro com ladeios justos, colocando o oponente em sorte sem recurso a bandarilheiros. Cravou de frente e ao estribo. Rematou a lide com o habitual par de bandarilhas.
A João Moura Caetano coube em sorte um toiro Passanha. Cravou dois compridos muito corretos. Nos curtos montando o Campo Pequeno, rubricou uma bonita lide com sortes frontais muito bem rematadas, perante um toiro voluntarioso.
Duarte Pinto lidou um exemplar Prudêncio muito escorrido de carnes, pouco digno do tauródromo Redondense e da importância do espetáculo. Mesmo tendo sido uma escolha de recurso, esta devia ter sido mais exigente. No que à lide diz respeito, nos compridos andou correto com dois ferros, tendo o primeiro ferro demorado algum tempo para cravar uma vez que o toiro não se fixava na montada. Nos curtos a lide não teve certamente o resultado desejado, mas o possível, com ferros frontais que para resultarem o cavaleiro teve que entrar e muito nos terrenos do toiro. No final o público reconheceu o esforço do cavaleiro.
Abriu a segunda parte da corrida a cavaleira Ana Rita que se doutorou precisamente no Coliseu de Redondo. Uma cavaleira pouco vista em Portugal que centra a sua carreira na vizinha Espanha. Nos compridos perante um toiro de pouco trapio dos Irmãos Moura Caetano, mas com evidente bravura. Cravou dois ferros compridos regulares. Nos curtos andou em bom nível, cravando de frente, por vezes abrindo em demasia o quarteio, mas levando emoção às bancadas agradando o público local. Terminou a lide com uma sorte de violino e dois ferros de palmo. Uma lide muito na linha do rejoneio que resultou na perfeição.
Lá diz o ditado “Não há quinto que seja mau…” e o quinto da tarde da divisa de Paulo Caetano que coube lidar ao rejoneador Andres Romero, fez bem jus a esse ditado. Nos compridos levou bem o toiro por ambos os lados e cravou com correção. Nos curtos aproveitou as boas caraterísticas do toiro e levou o pela trincheira em galope a duas pistas, para cravar com sortes ao piton contrário, uma lide que levou as bancadas do lotado Coliseu de Redondo ao rubro. Rematou a lide com dois ferros ao piton contrário citando em curto e cravando debaixo do braço. Na volta justíssima volta ao ruedo concedida pela diretora de corrida.
Fechou praça o benjamim da família Telles diante um exemplar Prudêncio com um pouco mais de trapio que o irmão de camada. Nos compridos António cravou três ferros regulares. Diante um toiro de meias investidas, O Jovem da Torrinha teve que se empenhar para levar por diante uma boa faena, com um pormenor que salta à vista... O toureio a uma só mão. Destaque para o quinto ferro de grande execução desde a sua preparação, cravagem e remate.
Em relação à forcadagem, a tarde não teve dificuldades de maior.
Pelos Amadores de Alter do Chão pegaram à primeira tentativa João Galhofas e David Amaral.
Pelos Amadores de Redondo pegaram José Paulino à primeira e Milton Moura à terceira tentativa.
Pelos Amadores de Monsaraz pegaram Miguel Valadas à primeira e Hugo à segunda tentativa.
Quanto aos toiros que estiverem em praça tirando o exemplar Prudêncio lidado por Duarte Pinto, todos os outros contribuíram para um bom espetáculo, tendo sido bons o quarto toiro e muito bom o quinto.
Luís Gamito