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    Lisboa despediu-se de Pablo com saída em ombros em noite grande dos Amadores de Lisboa


    Foi uma corrida marcada pelo simbolismo. Desde logo nas homenagens ao Grupo de Forcados Amadores de Lisboa e a José Luís Gomes e onde marcaram presença os políticos Filipe Anacoreta Correia (vice-presidente da Câmara Municipal de Lisboa), o vice-presidente do CDS-PP Telmo Correia e ainda João Soares (antigo presidente da Câmara Municipal de Lisboa) e Elísio Sumavielle (antigo governante e ex-presidente do CCB), para além da empresa Ovação e Palmas. Ainda pela exibição de um carrossel a cavalo da Equitação de Trabalho e da homenagem da APSL e da empresa a Pablo Hermoso de Mendoza.

    Mais ainda pela forma como Pablo dedicou a sua última lide a Lisboa, aos portugueses e ao Campo Pequeno e que levou o público, de pé, a tributar-lhe uma fortíssima ovação. E, ainda, a saída a ombros, com Francisco Palha, Rouxinol Jr e Telles filho para além de João Moura e dos outros dois alternantes Antóno Telles e Luís Rouxinol a acompanharem essa apoteótica volta que culminou com a saída pela Porta Grande.

    E como se não bastasse, o Campo Pequeno tinha a sua lotação esgotada desde a segunda-feira anterior à corrida. Fez-se história em Lisboa.

    Lidaram-se seis toiros de Charrua, bem apresentados e colaboradores quanto baste para o êxito da corrida, destacando o bom quarto da ordem, o de mais qualidade do curro vindo do Alentejo.

    Os Forcados Amadores de Lisboa concretizaram 5 pegas ao primeiro intento e apenas a última foi à segunda tentativa. Estiveram francamente bem, com os forcados da cara Nuno Fitas, Tiago Silva, Miguel Santos, João Varanda, Duarte Mira e o cabo Pedro Maria Gomes.

    António Telles teve uma primeira lide cumpridora, com dois bons compridos e uma série de cinco curtos, excelente o primeiro. numa lide onde a boa brega foi patente. Mas foi no bom 4º da noite que a maestria e classe de António se impôs desde os compridos a deixar o toiro vir de largo e o terceiro recriando a «sorte da morte» e que foram de boa nota. Os curtos também foram de boa execução numa lide muito aplaudida pelo público.

    Luís Rouxinol recebeu o seu primeiro à porta de curros e deixou 2 compridos, para, na série de curtos se destacar nos 1º e 3º que foram de boa nota. Viria a subir, e bem, o nível da fasquia, na grande lide que deu ao quinto da noite, o mais pesado do curro (640 kg). Dois excelentes compridos, boa brega a preparar o bom 1º curto, um segundo que teve um remate poderoso em que aguentou muito bem a recarga do toiro e um final com o seu par de bandarilhas e um de palmo em actuação também ela muito aplaudida.

    Finalmente, Pablo Hermoso de Mendoza, com a sua calma, toureiria e souplesse nas preparações, ladeios, hermosinas e cravagens com batidas ao pitón contrário ou entrando mais de caras como fez em duas ou três vezes. É um prazer ver tourear assim. Os dois primeiros curtos ao terceiro da noite foram de muito boa execução entrando recto na cara do toiro e, no segundo que tinha pouca força, houve momentos de enorme classe na brega e nos remates e os ferros tiveram o selo do cavaleiro de Navarra que foi despedido com fortíssima ovação. Momentos mágicos.

    Nas cortesias guardou-se um minuto de silêncio em memória da Manuel André Jorge (antigo cavaleiro) e de antigos forcados dos Amadores de Lisboa.

    Dirigiu o espectáculo Ricardo Dias com assessoria veterinária de Jorge Moreira da Silva.

    Texto e foto: António Lúcio