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    Crónica | Tauromaquia saiu vitoriosa em Dia de Portugal. Mais de 11 mil esgotaram Santarém



    Quando os cartéis têm aliciantes de espectáculo único, quando se anuncia o mais “taquillero” dos toureiros da actualidade, o público comparece e Santarém esgotou a sua lotação com 2 dias de antecedência como já não acontecia há 11 anos. Demonstração clara e inequívoca de que estes ingredientes e o bom trabalho feito pela Associação Sector 9 dão resultados e a tauromaquia sai vencedora. E essa é, quiçá, a grande conclusão a retirar. Público participativo, mas interessado em aplaudir o que de bom ia acontecendo do que em protestar algumas situações, toureiros entregados e em busca do triunfo e no final saímos satisfeitos sobretudo por essa grande vitória da tauromaquia e pelo facto de terem sido mais de 11 mil a contarem a plenos pulmões o hino nacional. Que bonito e que orgulho em ser aficionado.

    João Moura Jr conseguiu aquecer os ânimos nas bancadas em especial na fase final da sua segunda lide. No que abriu praça esteve francamente bem nos curtos com destaque para o terceiro e para o quinto, de muito boa nota. Mais curta e intensa foi a lide ao quarto, que mereceu a chamada do ganadeiro à arena. Uma lide em que o segundo comprido foi de boa execução e a que se seguiram 3 curtos também com a marca da casa e o remate com uma “mourina” de muito mérito. Muito boa actuação neste toiro.

    João Ribeiro Telles também não deixou créditos por mãos alheias e se teve uma primeira lide com alguns baixos, nomeadamente na fase final com 2 palmos falhados, veio a mostrar a sua raça frente ao quinto da ordem com uma lide bom nível superiormente rematada com dois curtos com as sempre imponentes batidas do Ilusionista e reuniões de enorme valia.

    A primeira faena de Roca Rey teve o condão da naturalidade, da suavidade, do mando e do temple, de princípio a fim, ou seja desde que o recebeu e bem de capote, à faena de muleta muito bem estruturada, com classe e saber, distâncias correctas e muito temple. Roca foi Rey em todos os momentos. Houve uma série de naturais de muito valor e o público, de pé, aplaudiu a volta de consagração. Poucas hipóteses deu o que encerrou praça, bastote e com pouco tipo. Quase nada lhe permitiu de capote e com a muleta o matador peruano tentou tirar água de um poço seco, justificando a sua presença perante a multidão que esgotara a praça e não arredava pé.

    Os Forcados Amadores de Santarém e de Montemor proporcionaram mais uma grande tarde de pegas de caras. Por Santarém, Salvador Ribeiro de Almeia e Francisco Cabaço, amos ao primeiro intento, melhor o segundo com uma pega rija e vistosa. E por Montemor, Francisco Borges, em temporada de despedida, consumou com valor à segunda e José Maria Pena Monteiro encerrou a prestação montemorense com uma enorme pega de caras à primeira tentativa.

    Duarte Silva tirou, de forma superior. a sua alternativa de bandarilheior com dois grandes pares e a saudar de montera em mão com todo o público de pé a aplaudir.

    Lidaram-se toiros de Murteira Grave e Álvaro Nuñez Benjumea.

    Dirigiu o espectáculo Marco Cardoso assessorado pelo veterinário José Luís Cruz, guardando-se um minuto de silêncio em memória de Alfredo Vicente “Rouxinol” falecido na véspera.

    Texto: António Lúcio