Header Ads

Feito com Visme

  • Últimas

    João Paulo Branco (Azambuja) despedida e troféu à melhor pega em noite de muitas matizes na Barquinha



    Algo ventosa de apresentou a noite de 6ª feira na Barquinha e a moldura humana na centenária e castiça praça de toiros não ultrapassou a meia casa, numa noite em que se despediu das arenas o forcado João Paulo Branco se despediu das arenas com uma grande pega de cara ao primeiro intento, aguentando bem a viagem forte do de São Martinho até a um violento embate nas tábuas e que o levou depois ao Hospital. Venceu justamente o troféu em disputa para a melhor pega, sendo júri os antigos forcados Mário Rui Paulino, Arnaldo Santos e o crítico taurino Paulo Beja.

    A corrida teve muitos matizes, quer pela diversidade e tipo dos exemplares lidados, de São Martinho e de Paulo Caetano, o último de muita qualidade e que mereceu a chamada à arena do ganadeiro e que sabemos ter voltado para ganadaria; pela prestação dos forcados, em noite muito complicada para os da jaqueta de Tomar; pelos conceitos de toureio dos 3 artistas; e pela interrupção que houve motivada pela falta de ambulâncias ao 4º toiro da ordem (resolvido em minutos com a chegada de uma nova ambulância)

    Comecemos pelos toiros, de São Martinho os da primeira parte, bem apresentados e com o terceiro a ser o de melhor nota deste lote. Mais pequenos do de Paulo Caetano, com qualidade e destaque o lidado em sexto lugar.

    João Moura Caetano imprimiu o seu selo pessoal em ambas as lides, com bons momentos de brega e alguns bons ferros curtos, nomeadamente o primeiro ao de São Martinho, que foi muito bom numa série de 5 ferros. No seu segundo, a série de curtos foi toda ela de boa nota, com entradas e reuniões ajustadas, bons remates e sacando partido da nobreza do astado.

    Duarte Pinto estreou 2 novos cavalos na lide ao seu primeiro, de São Martinho. Dois compridos em redondo e os dois primeiros curtos, esses sim de excepção pelos terrenos pisados e pelas reuniões ajustadas. O toiro começou a defender-se para tábuas e os restantes curtos foram deixados abrindo um pouco o quarteio, numa lide de mérito. No que foi quinto, voltou a estar bem nomeadamente na série de curtos onde se viu com muito agrado.

    Em terceiro e sexto lugar actuou Emiliano Gamero sempre a conectar com muita facilidade com o público e que só no bom toiro que encerrou a corrida conseguiu maior luzimento com a ferragem. O seu conceito de toureio, onde por vezes o acessório suplanta o essencial, chega o público e estamos conversados.

    Para as pegas saltaram à arena forcados de 3 Grupos: Amadores da Moita, Tomar e Azambuja. Os amadores da Moita tiveram na cara dos toiros os forcados João César, bem à 1ª e Luís Chatinho também numa boa intervenção á 1ªa. Por Tomar, com muitas falhas nas ajudas, foi por 3 vezes à cara do segundo da noite o forcado João Alves, sendo esta pega concretizada numa cernelha; depois no 5º, Joaquim Calado foi desfeiteado por 2 vezes e emendado, bem, por Carlos Duarte à 1ª; finalmente por Azambuja João Paulo Branco à 1ª e Ruben Branco à 2ª.

    Dirigiu o espectáculo Marco Gomes assessorado pelo veterinário José Luís Cruz.

    Texto e foto: António Lúcio